Um poema de Suzana Martins

À beira das palavras,
um gole de café,
um aroma de primavera,
gotas de quase verão
debruçado na janela.

O lápis cai no chão,
quebra o grafite,
destrói o verso,
apaga a vontade,
revela vestígios
de saudade
inerte na janela.

Cria a arte, altera,
muda a fonte,
imprime, prova,
escreve, renova.

Esquece a letra,
desafia o imaginário,
aroma de canela,
vê a vida passar,
sem metáforas,
pela janela.

Jornalista e designer por ofício. Escritora e fotógrafa por paixão e mera curiosidade lúdica. Participou da 1ª, 2ª e 3ª edição do projeto Diário das Estações e outras antologias. Autora do blog Minhas Marés e do zine poético Dias de Victória. É também a voz do podcast Espresso Poesia. Desde pequena, ama ouvir histórias, escrever e recitar versos. Acredita na arte como veículo de transformação interna e externa.

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