Que ano(us) foi esse?

Trabalhei e realizei muito esse ano, porém, fecho o ciclo 2022 com a sensação de nada feito. Anestesia geral nas emoções. Culpa da pandemia e do novo estilo de vida não vivida? Vá saber!

Tenho por hábito, refletir sobre tudo que ocorre no ano que termina. Peso os prós e os contras dessa vivência. Esse ano não consegui fechar totalmente porque, sinto como se não tivesse iniciado. Talvez, o fato de passarmos obrigatoriamente a viver em bolhas, evitando aglomerar, tenha contribuído para meu espírito tornar-se ermitão. Mais do que já era.

Só me sinto bem, quando estou no santo isolamento de meu apartamento. Algumas vezes em que tive de permanecer em locais públicos ao lado de muitas pessoas desconhecidas, sofri calafrios e desejo absurdo de me desintegrar e reunir minhas moléculas em outras paragens, de preferência, numa bela praia deserta, bem longe da humanidade.

Arrê que chego ao término do ano (mais um), com a sensação de não o ter vivenciado, de fato. Uma forte impressão de que estive de fora e — como boa apreciadora — apenas obtive sensações de prazer, sem dele fazer parte. Isso me trouxe lembranças do filme Sleeper, de Woody Allen. Terei eu utilizado sem consciência, o Orgasmatron?

O ônus de chegar ao final de 2022 sem esboçar a máscara da felicidade instagraniana, transforma você em um ser humano considerado esquisito, o fora da casinha, a criatura não sociável. E devo ser, pois a felicidade imposta, a alegria produzida e vendida pelas grandes redes de loja, criada pelas agências de marketing, não me representam.

Termino o ano cansada física e mentalmente, carregando a preocupação do que nos aguarda em 2023. Só ativando os asanas Ardha Vrikshasana (postura da árvore) e Virabhadrasana (postura do guerreiro) para dar conta de controlar e modificar — para melhor — nosso Samskara.

Sigo com um olho fechado e outro aberto controlando a respiração e reproduzindo mentalmente o mantra OM. Afinal, apesar de tudo e talvez por tudo, sou otimista e desejo mais é que o próximo ano seja bem-bem-bem melhor que esses quatro pelo quais passamos e sobrevivemos.

Roseli Pedroso é canceriana regida pela Lua. Bibliotecária. Leitora voraz e escritora por necessidade. Em 2010, participei do curso de criação literária promovido pela Editora Terracota em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Fruto desse curso foi a participação da antologia de contos Abigail. Não parei mais.

Surgi nesse mundo em plena noite de São João com a curiosidade nata de quem veio a esse mundo para tudo registrar. Sigo a risca esse lema e através de meus escritos, desenho minha história e invento muitas vidas. Acho que gosto de ser Deus!

quinta das especiarias, o livro de crônicas de Roseli Pedroso

Que tal uma receita antiga para o seu jantar?

Todos nós temos lembranças à mesa… seja da mãe preparando o nosso lanche para levar a escola ou da nonna que combinava ingredientes nas noites mais frias e fazia o mais delicioso dos caldos. Ou de várias mulheres juntas preparando um daqueles intermináveis almoços de domingo…

Memória e sabores andam de mãos dadas, não é mesmo?

Olá,

Hoje é dia de sugestão de leitura! E aproveitando que é o livro da leitura comentada de dezembro lá no instagram, trago Quinta das Especiarias, de Roseli Pedroso. Um livro que exibe em suas páginas a melhor das combinações: ingredientes de uma vida bem vivida: lembranças e mais lembranças com uma pitada generosa emoção.

Publicado no ano de 2021, o livro nos pega pelo estomago e atinge em cheio a nossa memória. Eu te desafio a ler esse livro sem se lembrar de alguma receita e sentir vontade de ccorrer para a cozinha repetir certos gestos que são sua melhor herança… eu não passei ilesa, tive que correr para a cozinha para preparar uma receita de pão, repetindo a minha nonna que dizia: “quando tudo mais falhar, faça pães”.

A princípio fui fisgada pelo título. Depois, pelo sabor das palavras escritas.

Assim que as páginas foram abertas, deliciei-me com as letras e imagens. Escolhi ler na cozinha. Coloquei a água para ferver e, durante a espera, apreciei os detalhes em cada folha. A caneca vazia, esperava pelo chá de maçã com lascas de canela. A leitura pedia um chá perfumado.

Cada pedacinho de letra e cada história debruçada nas páginas deste livro é um convite para uma boa prosa regada a sorrisos, suspiros, algumas gotas de lágrimas, uma fatia de bolo morno e uma xícara de chá. Memórias a degustar sabores de uma vida inteira.

A escrita de Roseli é encantamento. A delicadeza das palavras, o olhar aguçado e a sensibilidade são perfumes que enfeitam histórias.

Quinta das Especiarias é um convite para sentar, dialogar e mergulhar em momentos cheios de detalhes e sabores. É um pouco das histórias vividas por cada um, com toque de anis e duas gotinhas de limão siciliano.

Suzana Martins

clique aqui para ler a resenha de Mariana Gouveia

Leitura comentada  | Quinta das especiarias

Olá,

No último capítulo do ano, eu e a Suzana Martins vamos comentar o livro Quinta das especiarias… uma iguaria literária que foi escrita pela queridissima Roseli Pedroso.

Eu posso até me classificar como suspeita para falar do livro e da autora… mas, contra fatos não há argumentos. E o livro é ma.ra.vi.lho.so. Uma viagem por aromas e sabores. Mas não vou falar mais nada… Deixo o convite para você participar da nossa leitura comentada de dezembro, lá no instagram… que será a última do ano. Mas Ano novo… leituras novas e comentários insanos totalmente novos.

É convite feito à moda antiga, impresso e com o seu nome em letras douradas, com horário marcado. Aconselho a escolher o que levar, porque é de praxe… não chegar com as mãos vazias. Encontrará a mesa posta, com a melhor louça da casa. Os talheres são de prata porque o silêncio você já sabe…


O cardápio foi escolhido com cuidado para conduzi-lo numa deliciosa viagem pelo tempo. Alguns pratos te levarão direto para a infância, outras para a juventude… certo mesmo é que tudo começa e termina na cozinha, o melhor cômodo da casa.

 Anota aí, dia 23 de dezembro, às 19h30

Scenarium 8 | 2022

mosaicum (poesia e prosa) casa de vidro (contos) as estações (poesia)
barquinho de papel (prosa) manifesto-me (crônicas) nas nuvens (poesia e prosa)
o ano do gato (contos) em mãos (correspondência)

livro 01

Organizado por Lunna Guedes, essa edição convidou os autores a poesia e a prosa… os autores: Adriana Aneli, Nirlei Maria Oliveira, Flávia Côrtes, Obdulio Nunes Ortega, Caetano Lagrasta, Anna Carriero, Lígia Libaneo, Anna Clara de Vitto, Yara Fers, Joakim Antônio, Isabel Rupaud,Roseli Pedroso, Mariana Gouveia.

O resultado são poesias em páginas azuis e uma narrativa que se oferece enquanto trovão no azul…

livro 02

Quem conta um conto, aumenta um pouco e foi partindo dessa premissa que Lunna Guedes convidou Adriana Aneli, Carol Favret, Flávia Côrtes, Isabel Rupaud, Mariana Gouveia e Obdulio Nuñes Ortega para escrever narrativas a partir de um conto — o fio condutor de Casa de vidro, tão frágil quanto as emoções dos personagens que cicularm de conto em conto…

livro 03

Um livro de poesias que reúne 04 poetas da Scenarium Flávia Côrtes, Mariana Gouveia, Nirlei Maria Oliveira e Suzana Martins e suas estações da pele, da alma, do cuore e da alma…

livro 04

A idéia para esses cadernos de contar histórias foi uma dobradura colocada por uma criança numa poça d´água — despertando memórias. Veio o convite a prosa: Adriana Aneli, Bianca César, Isabel Rupaud, Lua Souza, Mariana Gouveia, Rozana Gastaldi Cominal e Suzana Martins aceitaram conduzir seus barquinhos de papel por esse mar de páginas…

livro 05

Lunna Guedes teceu o convite, uma crônica por semana, propondo os temas que cada autor levou na direção que quis, propiciando um olhar para muias paisagens…

Escreveram-se: Flávia Côrtes, Isabel Rupaud, Mariana Gouveia, Manoel Gonalves (Manogon), Obdulio Nuñes Ortega…

livro 06

Quando crianças, ao olhar para as nuvens, vemos desenhos de gatos, cachorros, coelhinhos, dragões… dizem que é o imaginário infantil. Mas e nós, adultos? O que vemos?

Isabel Rupaud, Lua Sousa, Mariana Gouveia, Nirlei Maria Oliveira, Rozana Gastaldi Cominal responderam com poesia e prosa…

         

livro 07

A idéia veio de Edgar Allan Poe e seu conto O gato preto que foi publicado em uma edição do Saturday Evening Post em agosto de 1843.

O conto é um estudo da psicologia da culpa…… e foi apresentado durante o encontro do Clube de Escrita da Scenarium…

Ananda Karenina, Isabel Rupaud, Lua Souza, Lunna Guedes, Mariana Gouveia, Obdulio Nuñes Ortega e Roseli Pedroso…

Sete autores, um para cada gato ou seria para cada vida?

Com ilustração de Valerie David Cats e poesias de Flávia Côrtes, Jorge Luís Borges, Patricia Highsmit, Rozana Gastaldi Cominal e Wislawa Zymborska.

livro 08

Uma troca de correspondência iniciada por Lunna Guedes… que escreveu ao vento e esperou por respostas para iniciar a aventura em linhas entre diferentes geografias, anatomias…

Responderam ao aceno: Flávia Côrtes, Mariana Gouveia, Rozana Gastaldi Cominal e Suzana Martins…

Plural  | A cidade da minha escrita

Sempre que me proponho a escrever, alguma coisa acontece no meu coração que pulsa no cérebro. Ambos viram um único órgão. A ideia surge como que por encanto das fadas da boa escrita. No entanto, deixei de acreditar em fadas e duendes há muito tempo.

Só eu sei o duro que dou me debruçando no teclado e quase adentrando a tela do notebook. A visão não é mais a mesma do tempo de meninice. Aos cinquenta e muitos, haja lentes monofocais Zeiss para enxergar o que muitas vezes a alma não deseja ver.

Percorrer estradas de minhas letras tecidas, pode muitas vezes, ocasionar em acidentes geográficos, de trânsito ou o pior deles: encontrar um amor, se iludir, amar e desamar e, se armar diante da desilusão. Já caí em cada buraco nessas travessias…

Em cada esquina, Dionísio oferece um gole. Conforme meu estado de espírito, a bebida desce maria mole. Há momentos que a acidez de minha ira, acarreta a fermentação excessiva da boa bebida. Cuspo de lado e sigo tentando permanecer em linhas retas mas qual quê, nada sei fazer de forma lógica então, paro, mergulho no chão, engulo poeira estelar que desmaiou de tanta poluição, adormeço e até esqueço que sou escritora e então sonho.

Sonho que sou arquiteta e tal qual Niemeyer, traço espaços arredondados, crio belezas que perfumam a alma, teço padrões que acalmam e fazem toda criança sorrir. Crio parques temáticos onde a alegria é genuína e não direcionada. Os brinquedos obedecem a ordem de criar cenas onde é imperioso ser feliz.

Recordo que — quando cheguei por aqui — eu nada entendi. Escrever, como assim? Eu não sou capaz então, lembrei que já havia Rita Lee e a sua mais completa tradução. Quis ser ela: rebelde, talentosa, debochada, ruiva e sardenta. Ah mas os prédios que se erguiam ao meu redor me deixava confusa, sem norte, sem visão de como e onde seguir.

Assim fui despejando um rio de palavras à esmo, inundando ruas, derrubando árvores, apodrecendo tudo ao redor. Ainda não aprendi a usar a métrica, não faço ideia do que venha a ser a tal da estrutura, muito menos faço distinção do que seja metáfora. A única certeza da cidade que construí, é que ela é o avesso, do avesso, do avesso, do avesso…

Roseli Pedroso

É canceriana regida pela Lua. Bibliotecária. Leitora voraz e escritora por necessidade. Em 2010, participei do curso de criação literária promovido pela Editora Terracota em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Fruto desse curso foi a participação da antologia de contos Abigail. Não parei mais.

É autora de Quinta das Especiarias…

Eu, mulher!

Por Roseli Pedroso

Seja em períodos de benesse ou dias tenebrosos, somos seres que sempre precisamos abrir caminho e provar que estamos aqui sim e que temos nossos direitos a serem reconhecidos e respeitados. A todo instante, obrigadas a provar competência e talento sofrendo críticas e julgamentos. Esse é nosso perfil: Mulher.

Falando através de minha ótica, o que observo, o que já li — sim caros leitores —, sou mulher, bibliotecária e, quase escritora (mas que abuso!).

Ser pensante que desde pequena observa o mundo ao redor e tira as próprias conclusões. Por um bom tempo acreditei ingenuamente que havíamos conquistados nossos direitos e que nos encontrávamos num patamar confortável. Ledo engano! Esqueci que a roda da história gira e que, hora estamos por cima, noutras, embaixo. O que compromete esse maquinário, é que no nosso caso, quase sempre a roda emperra e não sobe.

No momento em que meus dedos correm nervosos por entre o teclado, milhares de mulheres sofrem abusos de todo tipo. Outras, têm suas vidas tiradas de forma violenta e as que sobrevivem, passam seu dia-a-dia de forma miserável.

Chego a sentir náuseas só de pensar nisso. Mais náusea sinto, ao olhar para meu próprio umbigo ariano e ver que, apesar de tudo, recebi apenas respingos daquilo de as demais sofreram.

Tive o privilégio de nascer num lar onde fui respeitada e incentivada a estudar ao invés de procurar um marido para me sustentar.

Estudei, me formei e me transformei. Para algumas mulheres sou exemplo a ser seguido, por outras, recebo apenas o olhar de pesar por ter “encalhado” na vida e me tornado uma “solteirona” solitária.

Ando bem preocupada com o fato de constatar que talvez as conquistas femininas tenha sido ilusão de ótica e que — na realidade —, não tenhamos tirado os pés (descalços) do século onze.

Enquanto mulher, almejo muito mais que reconhecimento por ser feminina. É pouco. Sou gananciosa, gulosa em meus desejos e digo isso, não me referindo aos prazeres carnais. Minha fome é mais profunda. É da alma. Não desejo apenas o respeito por ser mulher. Preocupo-me com a sociedade num todo. Quero o respeito para todos.

Ando cansada de discursos vazios e pobre de argumentações inteligentes. Anseio por uma roda de conversa onde ferva ideias e risos sinceros de gente que pleiteia o mesmo.

Gosto de diversidade. E digo isso, não embalada por um modismo raso, mas por realmente acreditar que é somente na mistura do diferente que criaremos um mundo mais justo e igualitário. E digo isso sem ranço de pensamento Marxista ou Petista como tão em moda ficou no último ano. Não me enquadro nisso. Sou pelo ser e não pelo ter ou parecer. Sou digna apesar de todos os meus erros e defeitos. Sou brasileira com muito orgulho apesar de bem arranhado pela vergonha alheia dos últimos acontecimentos.

Sou, uma sonhadora que jamais perde a chance de visualizar um mundo mais bonito para todos. Sou amiga, irmã, filha, tia, sobrinha, neta, cidadã. Sou tantas em uma. Sou Mulher!

Roseli Pedroso — surgi nesse mundo em plena noite de São João com a curiosidade nata de quem veio a esse mundo para tudo registrar. Sigo a risca esse lema e através de meus escritos, desenho minha história e invento muitas vidas. Acho que gosto de ser Deus!
É autora do livro de crônicas: receituário de uma expectadora, equação infinda e quinta das especiarias…

Roseli Pedroso

Surgiu no mundo em plena noite de São João, com a curiosidade nata de quem veio para tudo registrar. Segue a risca o lema e, através de seus escritos, desenha sua história e inventa vidas.

Acho que gosto de ser Deus!

Crônicas

COORDENADO PELA EDITORA LUNNA GUEDES

scenariumlivrosartesanais@GMAIL.COM

Em 2016 publicamos o nosso primeiro livro de crônicas e desde então, publicamos mais seis exemplares, inspirados em formatos consagrados, como os folhetos e a arte postal, visando explorar possibilidades atuais da relação entre fotografia e narrativa… sempre em caráter experimental.

RECEITUÁRIO DE UMA EXPECTADORA

Uma vida entre livros despertou o desejo na autora de querer ser Deus. Passou a escrever! Entre ideias e dedos nervosos no teclado, gerou vidas e situações. Observou e recortou suas crônicas, alinhavadas nesse ‘caderno’ de vivências crônicas, que foi chamado de receituário, afinal, é o que a vida é.

REALidade

Livro e autor — nos convida a um jogo de dardos, e nos brinda com uma conexão entre seu texto e o tempo vigente… nos apontando seu olhar cerimonioso sobre a realidade das coisas subdivididas em: passado-presente-e-futuro e todas as suas lacunas, de maneira mais ou menos testemunhal.

Meus naufrágios

Meus naufrágios não é um livro… é um calhamaço de páginas onde textos se escrevem, em forma de ensaios-crônicas-diálogos, que levam de encontro a um questionamento natural: de quantos fracassos é feita uma vida? — essa pergunta é como um mar em movimento e a palavra flutua através das ondas num curioso percurso de si… sem mapas-bússolas, apenas o passado como ponto de partida-e-chegada.

SAPATOS VERMELHOS

Livro de crônicas com experimentos a partir da realidade concreta da personagem-mulher Thais Barbeiro… que experimenta o mundo, os lugares, as pessoas como se fosse uma alquimista em busca de inusitados sabores, inesperados movimentos e surpreendentes combinações.

Quarta dimensão

Quarta dimensão é um livro de notas dividido em cadernos. São Fragmentos de ontem, hoje e amanhã. Uma espécie de manuscrito encontrado numa garrafa, como no conto escrito por Edgar Allan Poe, em que o personagem não sabe se encontrará possibilidade de transmitir seus escritos ao mundo. Mas até o último momento, ele escreve para lançar tudo de si ao mar…
Anselmo cumpre o ritual e o arremesso é feito… a garrafa segue em direção a praia, onde está o leitor, o melhor de todos os destinos.

Curso de Rio Caminho do Mar

As crises pessoais são intransferíveis. Cada um as vivem de acordo com as histórias, caminhadas, condições materiais e mentais. São sempre dolorosas. E em determinado momento, não encontramos saída. Eu me lembro de conversar com a Lunna Guedes sobre esse processo e ela a se colocar a disposição para me ajudar, ouvindo-me. Disse que chorar era bom. E eu chorei… Muito. Transbordei tanto, que produzi rios e mares, cursos e caminhos que me salvaram e resgataram das águas profundas da dor. O resultado virou papel capitaneado pelo título: Curso de Rio, Caminho do Mar

Quinta das especiarias

Quinta das Especiarias, de Roseli Pedroso, é convite feito à moda antiga, impresso e com o seu nome em letras douradas, com horário marcado. Aconselho a escolher o que levar, porque é de praxe… não chegar com as mãos vazias. Encontrará a mesa posta, com a melhor louça da casa. Os talheres são de prata porque o silêncio você já sabe…

De pato a ganso

É o primeiro livro da autora que gosta de questionar a realidade e marcar o passo com observações peculiares acerca do mundo que gira porque ao contrário do que dizem, é esférico e dá voltas ao redor do sol e de si mesmo… leia mais