Olá,
Eu não sei você, mas andar é um movimento necessário que faço, às vezes, no automático… ao acordar pela manhã e dar corda em meus rituais de despertar. Caminho trôpega até o banheiro e encaro o meu reflexo meio torto da noite-travesseiro-sonho-ou-pesadelo no fundo do espelho. Água fria. Uma duas ou três mãos bem cheias… em concha.
Respiro fundo… Vou até a varanda espiar a cidade de prédios e rua asfaltada. Sinto falta de uma banca de jornal do outro lado da rua. Aceno ao passado. O signore Alfredo que guardava as notícias frescas e as minhas revistas favoritas. Ele passou a me chamar de bambina depois de uma visita do mio babo. Fez questão de dizer a ele que havia reparado que eu era mais do silêncio que do barulho. Preferia a leitura ao diálogo. Trocamos sorrisos e após um sonora despedida… seguimos a passos combinados-encaixados pela rua estreita. Ele do lado de fora, contando os passos. Eu por dentro, a vasculhar a superfície em busca de folhas da estação…
Caminhar é coisa antiga que repito no presente. Para apanhar um livro na prateleira. Colocar uma Missiva nos correios ou apenas para encontrar um amigo no Café — foi o que motivou esse Coletivo. Saber o passo do outro — para onde vai?
E cada Poeta participante desse Coletivo apontou um destino que eu tive o prazer de cerzir com fita de cetim…



Lançamento 27/08
via google meet – às 17h00
Poetas
Chris Ritchie
Flávia Côrtes
Luana Souza
Manoel Gonçalves (Manogon)
Mariana Gouveia
Nanda Chinaglia
Nirlei Maria Oliveira
Obdulio Nuñes Ortega
Rozana Gastaldi Cominal
Organização
Anna Clara de Vitto